Este, que teve a fama e a glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.
No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro de luar,
El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é Luar: é luz e etéreo.
É um dia; e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.
Fernando Pessoa, in Mensagem