sem ver de quê; um riso brando e honesto,
quase forçado; um doce e humilde gesto,
de qualquer alegria duvidoso,
um despejo (ousadia) quieto e vergonhoso;
um repouso gravíssimo e modesto;
uma pura bondade, manifesto
indício da alma, limpo e gracioso;
um encolhido ousar; uma brandura;
um medo sem ter culpa, um ar sereno;
um longo e obediente sofrimento…
Esta foi a celeste formosura
da minha Circe, e o mágico veneno
que pôde transformar meu pensamento.
Luís de Camões